Perante o seu momentâneo desânimo, a mãe encheu uma panela com água e deu-lhe nove ocos. Disse: «Põe os ovos, um a um, dentro de água, com cuidado para não se partirem. Os que forem ao fundo, estão bons, os que vierem acima, estão estragado...
Dona Laura, ao ver a casa encher-se de bocas - e pressentido que isso de golpes de Estado era coisa para levar o seu tempo -, apressou-se, de faca e alguidar, em direcção às capoeiras, donde regressou com as duas primeiras vítimas da revolução....
«Por mar», respondia Bocalinda, «claro que entraram por mar. O cabrão do mar que sempre foi e sempre será a nossa desgraça. Mas cabe na cabeça de alguém fazer a capital de um país junto ao mar? Vaidades».