Eu só sonho horrores hilários.
Eu vocifero labaredas e mais labaredas de feras famintas por horror.
A internet e seus súditos derrubarão cada muro de Berlim.
Refratado por lágrimas eu ouço cada nostalgia, agasalhado por aplausos eu visto apenas celebração, atormentado por paixões eu conjulgo toda profecia.
Uma vez eu conheci uma garota, ela guardava neve na geladeira para não estragar.
Como agir sem pressupor? Sem arriscar um experimento à queima-roupa? Pra que viver sem expectativas? Sem a esperança de um prazer desinibido? Aspiro inspirações, inspiro aspirações e vivo elucidações líricas até expirar de vez o sopro de vi...
Com este grimório eu me conjuro dos mortos me sentenciando à vida.
Rastejo sob ruínas cheias de vida por debaixo das paredes tombadas.
Num último reluzir de vida eu me apago na escuridão.
A vida peca contra nós deteriorando-nos, gota a gota, de lágrima.
Na vida a injustiça me arruína, na arte eu faço justiça com as minhas próprias mãos.
Desde os onze eu tento dar new game na vida.
O vidente evidencia a vida em visões e meus olhos se cegaram para as verdades menores e apenas o supersônico das microfraturas me guia na escuridão forjatriz.
Todo dia sopro e sopro nos teus lábios tentando uma respiração boca-a-boca que te traga à vida, mas nada te acordas, bela adormecida, estancada estais no torpor da matéria bruta.
Viver, o único perdão que a vida concede à vida consome o meu tempo inteiro.
Eu enigmatizo a minha vida na esperança de que alguém a resolva. Entre a minha e a do outro há um labirinto de cartas de amor e pedidos de socorro.
Quantos enfeites para celebrar a vida? Ou mascarar a morte?! Eu desenho com ousadia a exata quantidade necessária pro meu peito sossegar.
Eu sacrifiquei uma vida inteira de possibilidades e oportunidades para que você viesse à vida.
Vida, primeira e última; única cintilação do ser me impele a velejar por parques de diversão abandonados.
Uma parte da vida eu vivo na velocidade da luz saltando de acontecimentos a acontecimentos sem entendê-los e na outra parte da minha vida eu compreendo o que me aconteceu na forma de som.