Entre sobreviver e viver há um precipício, e poucos encaram o salto.
Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantia. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fize...
Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino. Que eu nunca aceite a ideia de que a maturidade exige um certo conformismo.
Tem muita gente piruá neste planeta. Gente que não reage ao calor, que não desabrocha. Fica ali, duro, triste e inútil pro resto da vida. Não cumpre sua sina de revelar-se, de transformar-se em algo melhor. Não vira pipoca, mantém-se piruá. E...
Não vale a pena tentar fugir das decepções ou dos êxtases, eles nos assaltarão onde estivermos.
O que eu queria era testar minha capacidade de ficar extasiada sem estímulo prévio. Descobrir se ainda consigo destacar o raro sem que ninguém me anuncie.
Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir.
Quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.